Para muitos viajantes que se aventuram pela Patagônia em direção a Ushuaia, a travessia da balsa do Estreito de Magalhães é um dos pontos altos da viagem. Esta passagem histórica, localizada no Chile, é indispensável para quem busca a famosa "Carretera Austral" ou simplesmente uma rota mais direta para o Fim do Mundo.
A balsa não é apenas um meio de transporte, mas uma oportunidade de vivenciar um dos trechos de navegação mais importantes do planeta. Antes da construção do Canal do Panamá, o Estreito de Magalhães era a principal rota entre os oceanos Atlântico e Pacífico, uma alternativa mais segura ao perigoso Cabo Horn.Como Funciona a Travessia
Ao chegar em Punta Delgada, no Chile, os operadores da balsa orientam os veículos para formar filas, organizando carros, caminhões e ônibus. A travessia de balsa leva cerca de 30 minutos.
Pagamento: O pagamento é feito a bordo. Em 2025, o valor para um carro pequeno (sem reboque) era de aproximadamente 34.000 pesos argentinos (cerca de R$ 170). O preço pode variar dependendo do tamanho do veículo. São aceitos pesos argentinos, pesos chilenos, dólares e cartões de crédito.
A Bordo: Os passageiros podem ficar em seus veículos ou aproveitar os bancos da balsa para apreciar a vista. Em Punta Delgada, há uma cafeteria e um mercadinho para quem precisar de algo antes da travessia.
Condições Climáticas: A navegação pode ser suspensa em caso de mau tempo. Nossa passagem foi tranquila, mas o mar pode ficar agitado.
O Caminho para Ushuaia
É fundamental entender a logística das fronteiras, já que a balsa do Estreito de Magalhães fica no Chile. Partindo da Ruta Nacional nº 3 na Argentina, você precisa:
Atravessar o Paso de Integración Austral para entrar no Chile.
Percorrer cerca de 100 km até a balsa em Punta Delgada.
Após a travessia, dirigir por mais 120 km até a fronteira de San Sebastián.
Atravessar a fronteira novamente para entrar na Argentina e seguir o caminho para Ushuaia.
É uma rota que exige planejamento, mas oferece paisagens inesquecíveis.
O Contexto Histórico do Estreito
O estreito leva o nome de Fernão de Magalhães, o primeiro europeu a passar por ali em 1520, enquanto tentava encontrar uma rota alternativa para as Índias, em sua expedição de circum-navegação. Desde então, o local se tornou uma passagem vital para o comércio e a exploração. Hoje, ele é uma lembrança da era das grandes navegações e da resiliência de exploradores que desbravaram os mares em condições extremas.
Já fez essa travessia ou sonha em fazer? Conte pra gente sua experiência nos comentários!
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